sexta-feira, 30 de maio de 2008

Quem não passou ou passa por isso?

Para fazer um elogio ao título do blog, achei este cartum que corresponde ao modo como muitos usam a Internet.

Pra quê!?! Para isso também!!!





http://ivoviuauva.blogspot.com/2008/03/produtividade-na-internet.html

Segue o texto correspondente ao cartum:

Entro na Internet porque preciso ver meus emails. Antes, vejo que no portal surgiu uma notícia importante sobre política. Vamos dar uma olhada primeiro.

Vejo todo o noticiário de política, aproveito para ver também o de esportes e cultura... Surgiu uma fofoca sobre uma celebridade, não custa dar uma espiadinha. No MSN, um amigo me diz oi... Vou bater um papo com ele.

Logo estou conversando com 6 pessoas ao mesmo tempo no MSN. Aproveito e entro no Orkut: respondo vários recados e mando outros tantos.

Cansado de mexer na internet, desligo o computador. Só depois que eu desliga eu me lembro.

E os emails?

quarta-feira, 28 de maio de 2008

Entre otimistas e pessimistas

Passei alguns dias a pensar num texto legal para inaugurar este blog. Mas, já se passam 3 dias!!!
Aí, me lembrei da iniciativa com este blog que foi escrever sem muitas preocupações formais com um texto, e sim, servir-me para um exercício de registro das novidades, das pesquisas recentes, das minhas divagações e dúvidas com minha pesquisa sobre os usos da Internet.

Então, o título desta "inauguração" faz jus às problemáticas dos estudos a respeito dos usos, de modo geral, das TICs (Tecnologias de Informação e Comunicação).

"Entre otimistas e pessimistas: a rede sociotécnica para a aprendizagem ou como mera extensão da vida tal como é" foi o título que dei a um artigo apresentado no evento Violência na/e da Escola, promovido pelo DFE e DTP, na UEM, 2º sem. de 2007. O título reflete o quanto é muito comum lermos artigos de estudiosos onde recortam, de um lado, as consequências negativas do desenvolvimento tecnológico na vida de alguns seres humanos e, por outro lado, apresentam as maravilhas possibilitadas pelo mesmo. Em suma, todos concordam, não há como falar em TICs sem relacionar, intimamente, a ação humana na potencialização dos usos.

Isso pode parecer comum, no entanto, as discussões sobre a ação humana, a ação do cientista sobre uma pesquisa tecnológica ainda oscilam entre aqueles que defendem a importância e autonomia das ferramentas tecnológicas na pesquisa científica (podemos chamá-los puristas) e os que compreendem a influência política e sociocultural como fundamento para as pesquisas e uso das ferramentas (podemos referir à humanistas) - recentemente, fiz uma leitura que merecerá um próximo texto.

É nesse sentido que olhei, continuo olhando e proponho que todos olhem com crítica para quaisquer leitura sobre usos de tecnologias, principalmente, no que diz respeito às famosas tecnologias da informação e da comunicação, em particular, a INTERNET. Foi devido às intensas pesquisas em artigos na Internet que li os trabalhos de MANUEL CASTELLS e PIERRE LÉVY.

Sem dúvida, quem já leu algum artigo sobre "novas tecnologias" viu nas referências algum destes nomes. A minha leitura pode ter sido equivocada, e sei que terei oportunidades para ouvir criticas sobre isso, mas Castells e Lévy são "inimigos intelectuais". Se alguém concordar escrevam, pois não encontrei tal problema.

Chamo de inimigos intelectuais pesquisadores que estudam o mesmo tema, convergem em alguns pontos, mas nunca citam um ao outro, seja um comentário relevante - já que há um comentário irrelevante (que não merece ser discutido aqui). Difícil tarefa no "mundo digital" disponível à nós, pesquisadores.

Cabe logo apontar os trabalhos pontuais que possibilitam tal crítica, "A Galáxia Internet: reflexões sobre Internet, negócios e sociedade", de Manuel Castells (2001), e "A Conexão Planetária: o mercado, o ciberespaço, a consciência", de Pierre Lévy (2000). Incrível como datas tão próximas, nomes tão citados em artigos como se entre eles tudo concordasse devido à consideração fundamental das TICs, aparentemente, possuem trabalhos singulares.

Será que identificamos as diferenças fundamentais entre estes expoentes? Será que podemos citá-los, conjuntamente, para apoiar nossas teses sobre projetos educacionais ou sobre democratização do uso da Internet, entre tantas outras propostas?