sábado, 11 de abril de 2009

Pelos prazeres do corpo...

Por onde andaremos... lendo o texto de Ozaí, me senti angustiada, como sempre, quando o assunto são rituais religiosos. Algumas crenças estimulam práticas que não consigo compreender, não sou capaz de aceitar certas práticas! Meu cérebro não processa certos argumentos...

Opto, muitas vezes, por não pensar em questões religiosas... e saio por aí a praticar outras ações, sem me basear em crença alguma, mas com o objetivo de ser feliz e ver os outros felizes. Se eu continuar a escrever, farei piada. Segue texto sério do meu querido sempre professor Ozaí!




[...] Isso me faz lembrar a pregação do bispo na crisma da minha filha. Bem-humorado, perguntou aos presentes, a maioria jovens, com seus pais e mães corujas, quem queria ir para o céu. Todos levantaram a mão e ainda bem que ninguém prestou atenção ao redor! Então, ele disse: “Quem quer ir para o céu, AGORA?” Só alguns, os mais fervorosos ou talvez por não entenderem bem a fala bispal, ergueram os braços. O bispo brincou e continuou o sermão, fundamentado em São Paulo, sobre as tentações da carne e os cuidados para a salvação do espírito. Uma tentativa de controlar o vigor juvenil com os hormônios à flor da pele.

Há quem creia que ao morrer terá várias virgens à sua disposição. Prá quê? O que um corpo morto pode fazer? Ah!, claro, o indivíduo também deve acreditar que subirá aos céus em corpo e alma. Mas sentirá os prazeres da carne? Em todos os credos, do mais primitivo ao moderno, os absurdos acumulam-se. Acredita-se em coisas que até mesmo Deus duvida!

[...] O perigo é quando o absurdo das crenças se manifesta em formas de intolerância entre elas e contra os que não professam o Credo quia absurdum. Cristãos não se entendem, mulçumanos também não e os judeus têm os seus fundamentalistas. Não obstante, os absurdos são a matéria da fé e fonte das suas vidas.

As manifestações religiosas são uma constante no imaginário das sociedades humanas, desde os povos considerados mais primitivos. Estamos acostumados a pensar em termos monoteístas e desconhecemos a diversidade das divindades e crenças de outros povos, as quais resistem ao passar do tempo. Essa permanência indica que a religião é inerente ao humano?

Somos seres racionais, mas também plenos de desejos e imaginação. O humano é um ser cultural que cria símbolos, referências para a sua caminhada, o seu estar no mundo. Ele, portanto, não se reduz à racionalidade. Necessita da experiência religiosa, ainda que aos incrédulos seja absurdo. Para o crente, não importa o que a razão e a ciência afirmem. Ele acredita, e ponto final!

Leia na íntegra o texto do Ozaí, grande Ozaí!



Faço algumas peripécias em prol de boas risadas! haha ;)

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