segunda-feira, 2 de junho de 2008

Polêmico Mainardi!!




Curiosidade

Diogo Mainardi tem lá seus leitores simpáticos por suas críticas políticas. Hoje, li uma consideração acerca de análises sobre músicas que não havia nem pensado sobre. Diz Mainardi no podcast da Veja que a atual geração escuta músicas demais e nelas se esconde, entre os mais variados estilos musicais, mensagens que nos entorpecem, anestesiam-nos. E a base para tal preocupação foi pesquisas sobre satanismo. Vocês já devem ter ouvido falar daquelas análises de músicas de trás pra frente.

Remete Mainardi à técnica Ludovico! Assistiram Laranja Mecânica? Pois bem, acrescenta ele que "quem escuta música demais, acaba rejeitando qualquer idéia dissonante, qualquer gesto que distoe"

http://veja.abril.com.br/idade/podcasts/mainardi/

Também de Mainardi, segue o texto sobre o qual arriscaria discutir rsrs satanismo não é lá minha praia rsrsrs



Hooligans da internet
por Diogo Mainardi

A internet promete tomar o lugar do jornalismo impresso. Se é assim, algumas das regras que valem para o jornalismo impresso devem valer também para a internet.

Em minha última coluna, citei os comentários anti-semitas recebidos por Caio Blinder em seus artigos online. Muita gente acha que a internet está acima da lei. Que todo mundo deve ter o direito de escrever o que quiser, como quiser. Que o anti-semitismo é uma opinião, e que censurar uma opinião é atentar contra a liberdade de expressão. Calma aí, rapaziada: há uma certa confusão entre o que é opinião e o que não é. Acusar os judeus de oprimir os palestinos é uma opinião. Defender a dissolução do estado de Israel é uma opinião. Defender o extermínio dos judeus, passado ou presente, por meio de nazistas ou de jihadistas, é um crime. Mais do que isso. É fazer apologia do mais bárbaro de todos os crimes: o genocídio.

Lá no finzinho da coluna, sugeri que o Ministério Público brasileiro perseguisse judicialmente um ou dois comentaristas anti-semitas da página de Caio Blinder. O próprio Caio Blinder, num artigo inteligente e ponderado, rejeitou a idéia. Tarde demais: cismei que sou o Émile Zola do Posto 8 e meio, e insisto - o racismo interneteiro tem de ser punido por lei. O anti-semitismo tem um longo histórico de processos judiciais. Um dos casos mais célebres é o do professor Leonard Jeffries, que perdeu o cargo de chefe de departamento do City College, de Nova York, por causa de suas teses anti-semitas. Ele processou o City College e, em 1995, foi derrotado na Corte Suprema dos Estados Unidos. Digamos que um dos comentaristas anti-semitas de Caio Blinder seja professor de uma universidade pública. Como ele pode ser punido administrativamente? Só o Ministério Público tem a autoridade para pedir seu IP e tirá-lo do anonimato, identificando-o como autor do crime.

A internet precisa de regras, de normas, de leis. E ninguém me amole dizendo que isso é coisa de estados totalitários, como a China. Nos campeonatos de futebol da Europa, quem é pego cantando coros nazistas é afastado dos estádios. A internet tem de fazer o mesmo: arrumar um jeito de desconectar seus hooligans. Na última segunda-feira, a Corte Suprema dos Estados Unidos sancionou a lei que permite perseguir criminalmente aqueles que disseminam material pedófilo na internet. Os opositores da lei argumentaram que isso contraria a primeira emenda constitucional americana, que garante a liberdade de expressão. Por sete votos a dois, os juízes decidiram que a pedofilia não é uma forma de liberdade de expressão. A negação do Holocausto também não é. A apologia do terrorismo também não é.

E para vocês, o que não vale ser publicado?

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