sábado, 29 de novembro de 2008

SILÊNCIO! Pra quê te quero!


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Neste período, fim do ano, preparativos para o Natal e o Ano Novo, muitas pessoas aturam os ruídos dos vizinhos.

Mas nem sempre é assim...

Decidi postar algo que escrevi diante de uma situação de não aceitação da uma reunião de amigos que conversavam entre si.

Foi pra rir da situação!!


QUERER O SILÊNCIO


Uma crônica após reflexão da visita de policiais na porta de casa acionada pelos vizinhos, um casal, um homem e uma mulher, por causa de uma reunião de amigos. Sem música!

Segundo o dicionário Aurélio, silêncio é o estado de quem cala, a privação de falar, o sossego, a calma, a paz. Ou seja, podemos nos referir à silêncio em diferentes situações e mesmo chegar ao ponto de vê-lo de modo negativo, já que o silêncio pode estar presente na solidão, tristeza, melancolia.

Analisado o silêncio perante uma sociedade, podemos perceber estados de latência ou, pior, estados de inação. Passamos décadas de mudanças para compreendermos aspectos culturais e, assim, fazer com que consigamos viver em sociedades complexas tais como a nossa, mergulhada na diversidade. A diversidade pode ser negativa para alguns, quando estão imersos em grupos fortes o bastante para desejar manter a posição que conquistaram – ou lhe foi cedida – na sociedade. No entanto, eventos nos provam, historicamente, que negar a necessidade de respeitarmos a diversidade não nos permite contribuir para uma sociedade melhor.

Devido à tamanha diversidade, muitos optam por não serem silenciosos, tampouco taciturnos, e exprimem ruídos para demonstrar felicidade, satisfação, bons resultados, enfim, todas as sociedades fazem com que suas expressões sejam demonstradas. Entretanto, nenhuma demonstração das qualidades referidas tende a desejar o mal alheio – se há algo alheio poderia ser a indiferença a respeito do contágio da felicidade, o que é demonstrado nas sociedades complexas, já que se constituem em grupos, e a indiferença nem sempre é um mal.

Deste modo, não podemos exigir que o outro seja silencioso perante nós, nos mais variados momentos de nossa vida. Não vivemos em pequenos vilarejos medievais, onde as regras de um único homem eram acatadas sem quaisquer questionamentos. Por isso, não podemos impedir ruídos alheios que não nos causam males. E para os que acreditam que um determinado ruído foi o culpado pela enxaqueca, muito provavelmente, deverá consultar um especialista que o auxilie na problematização das causas e na compreensão de qual é, de fato, a sua dor.

Daliana Antonio 15/07/2008

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